Vozes de Peso chega à sua segunda temporada abordando o tema gestão de pessoas

De acordo com os entrevistados, um dos principais desafios do departamento de recursos humanos é lidar com profissionais de diferentes gerações, atendendo às expectativas dos mais experientes e dos mais jovens. Saiba mais!

Categorias:

O departamento de recursos humanos é essencial e se tornou um componente estratégico em empresas de todos os portes e segmentos. Além de suas funções táticas e operacionais tradicionais, como contratação, folha de pagamento e benefícios, o RH desempenha um papel fundamental no desenvolvimento organizacional das empresas, atuando de forma estratégica na atração, retenção e desenvolvimento de talentos, em toda jornada do colaborador alinhando as necessidades organizacionais com as aspirações dos colaboradores.

Além disso, atua na criação de uma cultura organizacional inclusiva e humana, promovendo o engajamento e a diversidade, o que contribui significativamente para o sucesso e a sustentabilidade das empresas em um ambiente empresarial cada vez mais competitivo.

Sendo assim, o primeiro episódio da segunda temporada do podcast Vozes de Peso se propõe a explorar o tema gestão de pessoas, a partir de uma entrevista concedida por Marco Antonio de Moraes Dalostto, gestor do Núcleo de Evolução da Toledo do Brasil, e Rubens Amaral Joaquim dos Santos, coordenador de remuneração do departamento de Recursos Humanos da empresa. Para facilitar sua leitura, dividimos nosso texto nos seguintes tópicos:

Núcleo de Evolução da Toledo do Brasil
Passado e presente: gestão das mudanças no RH
Novas gerações e reinvenção das práticas de Gestão de Pessoas da Toledo do Brasil
Cultura da empresa
Pesquisa de clima
Gestão de desempenho
Futuro do RH
Conclusão

Boa leitura!

Núcleo de Evolução da Toledo do Brasil

Um dos grandes diferenciais da Toledo do Brasil, abordado no podcast, é que ela possui uma universidade corporativa, chamada de Núcleo de Evolução, voltada a capacitar seus colaboradores. Rubens observa que nem todas as empresas possuem uma estrutura tão robusta quanto essa em suas unidades, que permite treinar colaboradores do país inteiro.

“Temos treinamentos básicos e avançados de cada produto, cada linha de negócio, é uma estrutura ótima. Os fornecedores que vêm nos visitar ficam admirados em saber que temos estúdio aqui dentro, várias salas de aula e que metade do RH é voltado ao treinamento de colaboradores”.

Ele ressalta que os técnicos de campo muitas vezes passam até três semanas em treinamento. “Temos o portal, que possui muito material hoje, estamos expandindo para o restante da empresa. Como a gente era focado em assistência técnica tem muita coisa da AT. Temos um acervo hoje de cursos técnicos enorme, mas no momento estamos investindo em colocar também material para o restante da empresa”.

Marco destaca que agora o objetivo é focar não apenas em hard skills, mas também em soft skills. “Vamos começar a cuidar não só da parte técnica, mas também das competências comportamentais, enfim, a gente tá bem focado nisso agora”.

Passado e presente: Gestão de mudanças no RH

O universo corporativo é repleto de nomenclaturas. Na área de recursos humanos, por exemplo, departamento pessoal, gestão de pessoas, e gente e gestão são alguns dos termos mais conhecidos.

De acordo com Rubens, o DP é um subsistema dos recursos humanos, de extrema importância. “Quando você vai falar de recursos humanos, se a folha de pagamento não estar 100% correta, não cumpre com a legislação, não faz o que teoricamente é para ser feito, você não consegue nem avançar em outros temas”.

Ele acrescenta que atualmente o mercado prefere as nomenclaturas gestão de pessoas e gente e gestão ao termo recursos humanos.

“Quando você fala recursos humanos, soa como se o humano fosse um objeto e quando você fala gestão de pessoas e gente e gestão você dá força e valor ao nome, a pessoas, a gente, então, ele é meio subjetivo, mas importante, mostrando que realmente a área é voltada a pessoas”.

Para Marco, a grande mudança entre o RH antigamente e hoje, é que, na atualidade, esse departamento contribui fortemente para as estratégias de negócios.

“Quando estamos executando somente a engrenagem que tem que girar mesmo, essa parte do departamento pessoal, folha de pagamento, estamos colaborando para o andamento da empresa, sim, mas estamos colaborando menos para a parte estratégica do negócio.

Quando começamos a olhar para as questões de desenvolvimento, para as questões da organização em si, conseguimos ser um pouco mais assertivos na estratégia da empresa, a gente consegue colaborar de uma forma melhor”, afirma.

Novas gerações e reinvenção das práticas de Gestão de Pessoas da Toledo do Brasil

Rubens destaca as expectativas das novas gerações como um desafio do departamento de recursos humanos. “Antigamente, as pessoas passavam a vida toda em uma empresa, hoje, elas procuram organizações com propósitos similares aos seus”.

Marco reforça a observação do colega. “Tornar a empresa interessante para os mais jovens é o nosso desafio e temos que levar em conta que esse perfil de trabalhador está com menos apego ao trabalho e mais a fim de novas experiências. Está menos apegado ao salário e mais apegado aos benefícios, à qualidade de vida, à possibilidade que ele tem de crescer dentro da empresa, à velocidade que ele cresce na carreira”.

Segundo Rubens, o profissional das gerações mais jovens, está preocupado ainda em gerar valor, em atuar em algo que condiz com o que ele acredita.

“Nesse sentido, temos que dar espaço tanto para os profissionais antigos, que estão na casa há 30, 40 anos, quanto àqueles que acabaram de chegar. Para todo mundo ter seu espaço e atingir o valor que deseja, como profissional e como pessoa”.

Ele avalia que a diversidade no contexto corporativo está diretamente relacionada à inovação.

“A diversidade é necessária para inovar, seja a diversidade de ideias, de gerações, de gêneros, de etnias, cultura, de tudo. E a Toledo, pelo seu tempo de existência, ela é uma empresa inovadora. Afinal, para viver no Brasil esse tempo todo, ela foi se reinventando e se inovando com o passar do tempo”, comenta.

Cultura da empresa

A Toledo possui uma cultura forte, repleta de valores positivos. É o que afirma Marco. De acordo com o profissional, um dos aspectos mais importantes dessa cultura está relacionado à integridade. “É o caminho, fazer as coisas certas”.

Porém, ele ressalta que o departamento de recursos humanos vem planejando determinados ajustes, uma vez que a empresa conta com um público diverso, com ideias e valores diferentes.

“Vamos começar com uma consultoria de cultura em fevereiro para entendermos quais são os aspectos positivos que devem ser mantidos, e quais elementos devem ser excluídos ou incorporados”.

Como exemplo, ele cita a inovação, um aspecto que não era tão valorizado um tempo atrás, como é na atualidade. “Esse trabalho da cultura é extremamente importante por isso, para mostrar exatamente onde queremos chegar, o que queremos incorporar para apoiar a estratégia”.

Rubens analisa que um dos fatores positivos da cultura da Toledo do Brasil é a capacidade de desenvolver seus talentos internamente, para que se tornem líderes. “Se você pegar o histórico, praticamente todos os líderes são formados dentro de casa. Isso é uma raridade no mercado e um pilar que eu acredito que a Toledo não vá abandonar, pelo contrário, vai aperfeiçoar cada vez mais”.

Pesquisa de clima

O departamento de recursos humanos da Toledo do Brasil está preparando processos relacionados a gestão de clima da empresa, que devem começar a partir de fevereiro ou março.

De acordo com Marco, diferente da cultura da empresa, que se assemelha a um filme, já que diversos fatores fazem com que ela se altere constantemente, o clima é como uma foto, que captura o que as pessoas sentem em determinado momento.

“Fazer a pesquisa na hora certa também é importante. Por exemplo, se fizéssemos uma pesquisa logo depois do Open House, provavelmente, teríamos um resultado muito bom. Por outro lado, se rodássemos a pesquisa em um momento de fragilidade, em que está acontecendo algo não tão positivo na empresa, ela também retrataria isso”.

Rubens ressalta que o intuito da pesquisa de clima é tornar as pessoas mais felizes dentro da Toledo. “A felicidade para cada um é diferente. O que torna um colaborador feliz pode ser salário, benefício, qualidade de vida ou a possibilidade de se desenvolver pessoalmente. Se a gente não tiver uma gestão de clima, em que as pessoas respondam, não conseguimos iniciar uma ação sobre esse tema”.

Marco aproveitou a visibilidade do Vozes de Peso para mandar um recado aos colaboradores da Toledo do Brasil. Conforme explica, a pesquisa de clima contempla um questionário em que as pessoas deverão se identificar, já que isso é necessário para realizar um mapeamento dos setores.

Porém, a ferramenta utilizada é construída de um modo que garante o sigilo, e nem o RH, nem o time de TI terão como saber quem respondeu o que.

“Além disso, existe todo um cuidado, direcionado aos setores que possuem, por exemplo, dois colaboradores e um gestor, para não expor as pessoas ali. Então, é importante que confiem, que respondam com sinceridade. Só assim a gente vai conseguir construir mesmo, extrair o que precisamos para melhorar o que precisa ser melhorado”.

Rubens reforça a afirmação do colega. “É um processo 100% confidencial. O gestor não vai ter acesso, o TI não vai ter acesso, ninguém vai ter acesso. O resultado que vai ser extraído é puramente estatístico. Vai ser um aglomerado de informações que vamos utilizar em benefício de todos”.

Gestão de desempenho

Outro ponto importante ressaltado pelos entrevistados é que a Toledo irá iniciar um processo de gestão de desempenho dos seus colaboradores.

De acordo com Marco, essa estratégia visa acompanhar cada colaborador, apoiar seu crescimento profissional, apresentar todos os dados para os empregados, buscando por mais inteligência dentro da área de recursos humanos.
“Na prática, o profissional passa por um ciclo de avaliação, em que ele se compromete com determinadas entregas que estão alinhadas ao objetivo maior da organização e ele tem um período, geralmente um ano, para ir em busca desse objetivo”, explica.

Ele acrescenta que no fim desse período, o colaborador passa por uma avaliação, que vai analisar tanto suas entregas como seu alinhamento com a cultura da empresa. “Vamos ter pilotos em algumas áreas e o nosso plano é que em janeiro de 2025 a empresa inteira inicie um ciclo dessa forma”.

Rubens destaca que “além das entregas, serão avaliadas as soft skills e hard skills dos colaboradores”.
“Estamos mapeando, adequando as descrições de cargo com as competências técnicas exigidas para cada função. Isso vai ficar explícito e será avaliado”, conclui Marco.

Futuro do RH

Questionado sobre o futuro do RH, Marco frisa que a tendência do setor é, cada vez mais, apoiar processos relacionados a pessoas. “A área de recursos humanos vem em um movimento de se tornar mais relevante para a estratégia da empresa, então, isso eu também vejo como um movimento de futuro, que já está acontecendo e está cada vez crescendo mais”, acrescenta.

Rubens comenta que a atração, o recrutamento e o desenvolvimento de profissionais estão entre os procedimentos que passam pela gestão de pessoas.

“Quando as empresas entenderam que essa área é superimportante para atingir seus objetivos, elas começaram a dar mais importância para o setor e com isso, vem se tornando cada vez mais estratégica”.

Ele comenta ainda que as grandes empresas já possuem departamento de análise de dados dentro de recursos humanos. “Isso possibilita gerar indicadores, informações e dados que ajudam a nortear o que deve ser feito”.

Marco ressalta que a Toledo do Brasil já vem se desenvolvendo nesse sentido. “Nós temos um desenvolvedor, especialista em dados, que, justamente vai fazer esse trabalho, já vem fazendo, aliás. Estamos engatinhando ainda, ele conhece muito, mas precisamos construir uma base mais sólida para começar a colher resultados”.

Ele expõe que essa gestão de dados possibilita, entre outros fatores, avaliar o desempenho dos profissionais. “Essa iniciativa visa acompanhar o colaborador, apoiar seu crescimento profissional, trazer todos esses dados para ele, compor essa fundação de dados para a gente ter mais inteligência dentro da área de recursos humanos”.

Conclusão

Neste artigo, trouxemos um resumo do que foi tratado no primeiro episódio da segunda temporada do podcast Vozes de Peso. Se você deseja conferir o conteúdo na íntegra, clique aqui.

LEIA TAMBÉM EM NOSSO BLOG
Balança de cubagem: entenda a importância dessa tecnologia
Toledo do Brasil leva inovação em pesagem ao Superminas Food Show 2023
Rotulagem nutricional: saiba tudo sobre as regras impostas pela Anvisa