No universo das pesagens, o Fator G figura como um elemento importante, capaz de elucidar a variação que pode ocorrer no peso de um mesmo produto obtido através de uma balança eletrônica.
Vamos explicar melhor: a balança eletrônica funciona pelo princípio gravimétrico; isto é, a medida obtida é resultado da massa sobre ela depositada, que é sujeita à influência da aceleração da gravidade, simbolizada por “G”. Este fator varia de acordo com os parâmetros de latitude e altitude de uma localidade para outra no globo terrestre. Por exemplo: no município do Rio de Janeiro, a aceleração é de 9,787932 m/s², enquanto que em São Paulo é de 9,7863656 m/s². Para uma massa de 1.000 g, a diferença no peso seria de +0,16 g. Importante ressaltar que quanto maior a resolução da balança, maior será a influência do fator g na leitura da pesagem.
As tabelas abaixo servem para mostrar ao usuário de uma balança de precisão, como a altitude e latitude interferem na pesagem.
Classe da balança |
Altura mínima (m) |
Classe I |
2,5 |
Classe II |
25 |
Classe III |
250 |
Classe IIII |
2500 |
Ou seja, uma balança com classe especial (classe I), por exemplo, pode demonstrar a influência do fator g a cada 2,5 m de deslocamento de altura. Acima disso, os erros apresentados já superam os permitidos pela portaria 236/94 Nesse caso, a balança deve ser ajustada novamente.
Classe da balança |
Grau de latitude |
Quilômetros |
Classe I |
0,01° |
1 km |
Classe II |
0,1° |
10 km |
Classe III |
1° |
111 km |
Classe IIII |
10° |
1000 km |
Tomando por exemplo uma balança classe I, se ela for deslocada 1 km em sua latitude poderá apresentar um erro maior que o permitido pela portaria 236/94 e deverá ser ajustada novamente.