Dicas de rastreabilidade de produtos e processos

Produtos são identificados desde o começo para garantir qualidade e procedência

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A rastreabilidade de produtos tem se tornado quase obrigatória em qualquer setor. No ramo frigorífico ela se destaca por garantir a qualidade e a quantidade de cada produto ou lote. Esse termo significa saber todos os passos da produção, desde o abate até o comércio de carnes e derivados.

A tecnologia está cada vez mais a favor da cadeia produtiva de carne, pois este conceito é aplicável em qualquer estágio. Com os componentes certos, como balanças, softwares, impressoras, coletores de dados e leitores de código de barras é possível identificar possíveis erros de produção, conferir lotes recebidos e enviados, saber exatamente a procedência e o destino da produção e, assim, garantir a qualidade e a segurança no produto final.

Muitos produtores do Brasil já utilizam soluções integradas que fazem o gerenciamento de toda a produção. São balanças interligadas a softwares que armazenam e calculam as informações e mandam para a impressora de etiquetas. Já é possível até verificar se caixas e paletes estão de acordo com o peso padrão e enviar para etiquetagem automática ou para a revisão. 

“Esse tipo de automação possibilita aos clientes agilidade em seus processos de identificação na produção e o controle dos produtos em estoque e em trânsito. Tudo isso garante a fabricação e venda de produtos em quantidades corretas, o aumento de produtividade e o melhor aproveitamento da mão de obra”, explica Anderson Guimarães, engenheiro de solução da Toledo.

Para controle da rastreabilidade cada animal recebe sua identificação através de uma etiqueta com todos os dados de origem, a qual acompanha a carcaça dentro do frigorífico, passando por classificações e pesagens até a desossa completa, onde posteriormente serão transferidos para o produto acabado. Com a rastreabilidade, é possível a emissão de relatórios on-line, via web para análise de cada etapa do processo.

Confira as fases de produção da carne desde o início.

Cadeia de produção


  • Registro da recepção dos animais:
    • Programação e conferência do abate (ordem de produção);
    • Gerenciamento e sequenciamento das câmaras de armazenagem de carcaças (exportação ou mercado interno);
    • Exibir no curral em display de mensagem o lote e a quantidade de animais a serem enviados para o abate.
  • Registro do abate:
    • Identificação da carcaça (traseiro, dianteiro e ponta de agulha) por meio de etiquetas;
    • Coleta de dados via coletor para registro de contaminações, doenças (cabeça, língua, etc.) e inspeção do abate, atividade importante para avalição de qualidade e correção do processo.
  • DIF (Departamento de Inspeção Final):
    • Desclassificação da carcaça para exportação;
    • Coleta de dados via coletor para registro de doenças, temperatura e PH das carcaças;
    • Controle do retorno na linha de abate.
  • Registro do resfriamento:
    • Controle de entrada e saída das câmaras, ou seja, bloqueando entrada e saída com base em regras (garantia da carcaça no local correto – exportação ou mercado interno ou tempo de maturação);
    • Controle do início e final do carregamento das câmaras;
    • Controle do tempo de resfriamento;
    • Coleta de dados via coletor para registro de temperatura e PH.
  • Registro da desossa:
    • Desmontagem com rastreabilidade;
    • Controle de carcaças e peças/cortes;
    • Relatórios de rendimento do lote.
  • Preparação de Massa e Fabricação:
    • Controle da formulação;
    • Controle de rendimentos das estufas, salga, embutimento, etc.
  • Registro da estocagem:
    • Identificação com pesagem (opção automática);
    • Endereçamento e inventário;
    • Controle para maturação.
  • Registro da expedição:
    • Reserva de volumes;
    • PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai) ou PVPS (Primeiro que vence, primeiro que sai) com shelf life (tempo de vida útil do produto);
    • Cross docking (redirecionamento da carga apenas trocando a nota fiscal ou o caminhão);
    • Separação de pedidos (picking);
    • Macro picking (separação de vários pedidos similares para cargas diferentes);
    • Expedição de volumes (caixas ou palete);
    • Expedição de carne com osso (peso);
    • Confronto do peso embarcado com a balança rodoviária;
    • Romaneio de embarque, integrando as informações em tempo real, (online) com o sistema corporativo ERP.

Portanto, a automação e a rastreabilidade estão cada dia mais presentes e tornam-se mais necessárias para um bom resultado.